Com os juros altos, o endividamento em alta e a Reforma Tributária batendo à porta, muitas empresas brasileiras estão deixando dinheiro na mesa. Um levantamento recente aponta que, nos últimos cinco anos, mais de 6 mil empresas pagaram cerca de R$ 10,5 bilhões a mais em tributos do que deveriam — uma média de R$ 1,7 milhão por companhia.

A boa notícia é que parte desse valor pode ser recuperada. Entre os créditos mais comuns estão pagamentos indevidos ou a maior de PIS, COFINS, ICMS, IPI e contribuições previdenciárias, além de créditos sobre insumos, energia elétrica, exportações e benefícios fiscais não aproveitados. Muitas vezes, valores significativos ficam esquecidos por falhas de cálculo, interpretações equivocadas da lei ou simples falta de revisão periódica.

Recuperar tributos não é apenas um alívio para o caixa — pode ser um diferencial competitivo. Revisar obrigações fiscais evita inadimplência, melhora o fluxo de caixa e libera recursos para investimentos. E a urgência é real: com a Reforma Tributária em fase de transição, coexistirão regras antigas e novas, o que pode restringir ou até inviabilizar compensações no futuro.

O trabalho começa com uma auditoria tributária minuciosa, revisando os últimos cinco anos de recolhimentos. Depois, é feita a correção e o pedido de ressarcimento ou compensação junto à Receita Federal ou órgãos estaduais. A etapa final é acompanhar de perto as alterações na legislação para evitar novos pagamentos indevidos e não perder prazos importantes.

Ferramentas de gestão tributária com inteligência artificial já estão ajudando empresas a identificar e reaver créditos com mais segurança e agilidade. Essas soluções cruzam dados fiscais e contábeis, apontam inconsistências e sugerem ações corretivas de forma rápida e confiável.

Em um cenário de instabilidade e custos altos, recuperar o que foi pago a mais precisa ser prioridade agora. Adiar essa análise pode significar perder milhões de reais para sempre.

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